Sustentabilidade

O Capital Natural da BASF no ABC Paulista

“Capital natural” é um termo que indica o estoque de recursos naturais renováveis e não renováveis na terra. Por exemplo: ar, plantas, animais, água, solos, dentre outros, são chamados de capital natural quando se percebeu que esses elementos são essenciais para as atividades econômicas, assim como as pessoas, as máquinas e os recursos financeiros. 

Esses bens naturais contemplam o equilíbrio no regime de chuvas, a vegetação natural que proporciona água limpa, a polinização feita pelos animais, a captura de CO2 que ajuda na regulação do clima, as florestas que protegem solos e encostas contra a erosão. Combinados entre si, eles prestam serviços chamados de ecossistêmicos. 

Porém, como tudo isso se relaciona ao mundo dos negócios?

Na economia, o capital pode ser entendido como um conjunto de bens que geram produção, rendimentos e riquezas. Ao transpor essa linguagem para a natureza, chegamos à expressão “capital natural”, usada para representar o estoque de recursos renováveis e não renováveis que se combinam e geram um fluxo de benefícios para as pessoas — como ar limpo, água fresca, abrigo, alimentos, regulação do clima, remédios, recreação e assim por diante.

Tiago Egydio, coordenador de Sustentabilidade da Fundação Espaço ECO, organização sem fins lucrativos instituída e mantida pela BASF, comenta que as pessoas e as empresas interagem cotidianamente com os recursos naturais. Essa interação gera benefícios à sociedade e aos negócios, como é o caso da água, que sacia nossa sede e atende à produção agrícola e industrial. 

Contudo, essa interação tem um outro lado da história, que é o impacto deixado para a natureza como consequência da nossa relação com os recursos naturais. Os efeitos podem ser positivos e/ou negativos. Para a manutenção dos negócios, é essencial que a qualidade da interação entre trabalho e meio ambiente seja benéfica para as duas partes.

“Neste sentido, é fundamental que os recursos naturais que são utilizados pelas empresas tenham uma gestão. Quando isso ocorre, o recurso natural pode ser classificado como os demais capitais de uma empresa e ser mencionado como capital natural”, fala Egydio, pontuando que a BASF tem em seu pipeline diversos projetos e programas que possuem gestão desse tipo.

E é sobre o mais recente deles que vamos discorrer neste material.

Você já imaginou uma floresta dentro de um complexo químico industrial? Pode ser difícil visualizar essa cena, mas não para a BASF, que aplica a sustentabilidade na prática com seu Jeito E. Para nós, produção E meio ambiente andam juntos. Essa floresta existe e fica no Complexo Industrial de Tintas e Vernizes da companhia, em São Bernardo do Campo (SP).

A Fundação Espaço ECO, a pedido da Suvinil, marca de tintas decorativas da BASF, realizou um levantamento de biodiversidade do local e identificou diversas espécies de plantas e animais. Esta área possui 30 hectares de Mata Atlântica, o equivalente a 30 campos de futebol, e faz parte da fábrica que, em 2021, completou 70 anos de atividade e tem capacidade de produção anual de 330 milhões de litros de tintas, esmaltes, vernizes e resinas, das marcas Suvinil e Glasu!.

Durante oito meses, dois biólogos realizaram o levantamento da área, agora denominada Reserva Suvinil, e descobriram que no local vivem, ao menos, 176 espécies de plantas pertencentes a 55 famílias e 117 gêneros botânicos. Deste total, 135 são de árvores e 41 são de ervas, trepadeiras e samambaias. Lá também moram 85 espécies de aves, oito de mamíferos e, ao menos, cinco de serpentes e três de lagartos, assim como anfíbios e peixes.

“Com o levantamento, queremos mostrar para toda a sociedade o valor deste espaço, que representa praticamente metade de toda a área pertencente à nossa fábrica no município”, explica o diretor de Operações de Tintas Decorativas da BASF, Ricardo Gazmenga. Essa área está conectada a um grande maciço florestal, a floresta atlântica da Serra do Mar, e faz parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo, reconhecida internacionalmente pela Unesco.

A Reserva Suvinil é uma Floresta Ombrófila, suas árvores permanecem sempre verdes, em qualquer estação do ano, uma vez que não perdem suas folhas de forma significativa. O espaço conta com cinco nascentes que formam pequenos córregos. Alguns se juntam ao longo da paisagem para formar o Ribeirão do Soldado. “Todos os córregos são afluentes da represa Billings, mostrando a importância destes corpos d’água para a manutenção dos mananciais que abastecem as regiões metropolitanas dali”, comenta Tiago Egydio, responsável pelo levantamento.

Outro ponto interessante elencado por ele é que esta Reserva contribui para a preservação da Mata Atlântica e da biodiversidade brasileira, demonstrando, na prática, como indústria E meio ambiente podem coexistir. A estimativa do carbono removido da atmosfera pela floresta é de 5.160,31 toneladas de CO2, o equivalente a um caminhão de 14 toneladas movido a diesel dando 104 voltas ao redor da Terra. Esta captura vai ao encontro do anúncio global de redução de 25% das emissões de gases de efeito estufa pela companhia até 2030, além da meta em zerar as emissões líquidas de CO2 globalmente até 2050.

A BASF possui mais de 37 anos de experiência em restauração de matas nativas do bioma Mata Atlântica. Outro capital natural da empresa é o programa Mata Viva®, iniciativa conduzida pela BASF e pela Fundação Espaço ECO, no qual a empresa já plantou mais de 1,25 milhão de mudas nativas da Mata Atlântica até o final de 2020, reflorestando cerca de 730 hectares de terras. Uma delas é a Floresta Mata Viva localizada dentro do Complexo Químico de Guaratinguetá (SP). A BASF também tem iniciativas de restauração florestal com produtores rurais e do programa de compensação de emissões. Você pode conhecer mais detalhes desta importante iniciativa aqui.

A sustentabilidade está no propósito da BASF. Por isso, está firmemente ancorada nos valores da organização, na governança e em seu modelo e estratégia de negócio. Todos os dias o compromisso da companhia com o desenvolvimento sustentável se materializa. Este é Jeito E da companhia, que acredita que pode ser produtiva E sustentável, cuidando do meio ambiente E da indústria, boa para o ecossistema E boa para os negócios, unindo preservação ambiental E produção de tintas.

ODS

A Reserva Suvinil atende diversos Objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas, como:

ODS 6 Água potável e saneamento

Garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água potável e do saneamento para todos.

ODS 13 Ação contra a mudança global do clima

Adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos.

ODS 15 Vida terrestre

Proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, travar e reverter a degradação dos solos e travar a perda da biodiversidade.