Sustentabilidade
O uso de ecovio® nas embalagens plásticas do papel higiênico Carinho Eco Green, da Copapa, ajuda a beneficiar a natureza
Soluções inovadoras que beneficiem o meio ambiente têm sido uma das principais pautas de discussões entre as organizações. Por isso, preocupada em conciliar o desenvolvimento econômico e a responsabilidade socioambiental, a BASF conta com duas tecnologias revolucionárias em seu portfólio de soluções. Uma delas é o ecoflex®, primeiro polímero compostável biodegradável e certificado da BASF.
Outra matéria-prima inovadora da BASF que tem o propósito de transformar o segmento da indústria de embalagens e, por consequência, favorecer a sociedade e as próximas gerações é o ecovio®. Consiste em um plástico também biodegradável e compostável, originado a partir da combinação do ecoflex® e PLA (poliácido láctico), polímero de fonte vegetal, em geral, à base de amido de milho. Esse produto, se encaminhado para as usinas de compostagem, é transformado em adubo proporcionando benefícios à natureza.
O plástico biodegradável tem a capacidade de realizar a sua decomposição de forma natural, ou seja, por ação biológica, em outras palavras, microrganismos específicos o consomem como fonte de alimento e energia “quebrando” sua cadeia molecular e fragmentando-o. Para que esse processo ocorra é fundamental, também, a presença de oxigênio (ar), umidade (água) e temperatura (calor).
ecovio® e o ciclo que inicia e termina na terra
Certificado de acordo com as normais internacionais, como EN 13432 (europeia) e ASTM D6400 (norte-americana), que determinam as condições adequadas para os processos de biodegradação e compostagem ocorrerem, o ecovio® como mencionado é uma blenda polimérica (mistura) ecoflex® (PBAT) e PLA. Juntos, eles formam um composto que pode se transformar em filmes plásticos, copos, sacos e sacolas para resíduos orgânicos.
“A BASF está com muitas iniciativas de sustentabilidade visando promover nossos materiais para as mais diversas aplicações. Nossos processos de produções estão cada vez mais alinhados com o propósito de preservar recursos naturais e, assim, viabilizar soluções adequadas às necessidades dos clientes e que favoreçam a conscientização do consumidor em suas escolhas”, descreve Marcel Moreschi, Gerente de Negócios Sênior da BASF América do Sul, responsável pelo segmento de construção e polímeros especiais.
Embora o ecovio® seja um plástico biodegradável, ele não pode ser descartado diretamente na natureza ou em aterros sanitários. O produto deve ser descartado de forma consciente, em plantas de compostagem em conjunto com os demais resíduos orgânicos. Assim, em até 180 dias e nas condições ideais, o ecovio® converterá 90% de sua massa em CO2 (dióxido de carbono) e água e 10% em biomassa que pode ser utilizado como adubo para jardins, hortas e cultivos em geral.
“Somos pioneiros na adoção do bioplástico e, por isso, uma das nossas principais preocupações é com relação à economia circular. Para que o ciclo de compostagem seja completado, todos os envolvidos no desenvolvimento, aquisição e emprego de itens à base de ecovio® são conscientizados sobre o descarte correto dos produtos. Essa cautela é necessária para que, em seu fim de vida útil, o ecovio® se transforme em adubo, mitigando os impactos na natureza”, informa Moreschi.
União que origina papel higiênico sustentável em todo o ciclo de vida
Já imaginou um papel higiênico com embalagem que, posteriormente, pode servir como adubo? Por meio de uma parceria entre a BASF e a Copapa (Companhia Paduana de Papéis), esse produto já está à disposição nas prateleiras. Lançado no início de 2020, o Carinho Eco Green é o primeiro papel higiênico sustentável em todo o seu ciclo de vida. O item está disponível em mais de 900 pontos de venda espalhados em todo o território nacional, entre eles, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Brasília.
“A Copapa procurou a BASF em busca de uma solução sustentável para a questão das embalagens plásticas utilizadas no papel higiênico. Dentro das necessidades da empresa, o ecovio® foi apresentado por ter esse impacto de responsabilidade ambiental. Assim, hoje, a companhia conta com o produto para a fabricação de embalagens primárias, que são aquelas que protegem o produto nas gôndolas, ou seja, a que o consumidor leva para casa”, descreve Thiago Bazaglia Spedo, coordenador de negócios da BASF Brasil, responsável pelo segmento de polímeros especiais.
Primeiro do segmento tissue (que engloba fabricantes de papel higiênico, papel toalha e lenços de papel) a receber a certificação ABNT Ambiental, assegurando a sustentabilidade dos produtos em todas as fases de extração de recursos, criação, distribuição e descarte, Carinho Eco Green é fabricado utilizando produtos químicos de baixo impacto ambiental, conta com embalagem biodegradável e compostável (ecovio®) e tubete (tubo marrom que fica no centro do papel) com cola produzida a partir da fécula de mandioca e água e que são indicados para a compostagem.
“Passamos 10 anos estruturando Carinho Eco Green com apoio de especialistas em sustentabilidade, economia circular, de resíduos e de polímeros. Nossa preocupação era resolver as dificuldades relacionadas à sustentabilidade em cada etapa de seu ciclo de vida e, assim, trazer para o produto soluções econômicas, sociais e ambientais. Foi quando envolvemos a BASF para nos dar suporte com relação à tecnologia aplicada no ecovio®”, afirma Jairo Santos, diretor industrial da Copapa.
Assim como os demais produtos do portfólio da Copapa, Carinho Eco Green é certificado com selo FSC (Forest Stewardship Council), assegurando que a companhia faz o uso responsável das florestas e conserva recursos naturais. “Quando criamos o produto foi pensando em três aspectos: econômico, social e ambiental. Por isso, dialogamos com projetos que trabalhem com esse viés e, também, demos início à algumas iniciativas. Uma delas é na cidade de Santo Antônio de Pádua (cidade localizada na região noroeste do Rio de Janeiro) onde mobilizamos um projeto junto à uma cooperativa de catadores de lixo para garantir que os resíduos retornem ao sistema de logística reversa”, afirma Santos.
A Copapa firmou uma parceria com a Fundação Espaço ECO® (FEE), que atua como consultora de desenvolvimento sustentável no ambiente corporativo e na sociedade, com o intuito de analisar o ciclo de vida do produto e, assim, comprovar que o produto é neutro em carbono, não usa combustível fóssil e beneficia o meio ambiente. Viabilizando, inclusive, a aquisição de outros selos ambientais. “Uma das nossas lutas agora no início do produto é de conquistar o reconhecimento do consumidor como uma alternativa de consumo diferente das convencionais. Com o apoio da FEE queremos atingir novos pontos, não necessariamente em preço, mas oferecendo uma experiência diferenciada”, conclui Jairo.
Jeito E
A elaboração de projetos customizados que beneficiem o meio ambiente e, por consequência, apoiem e otimizem as iniciativas dos clientes retrata o Jeito E da BASF, que une produtividade E sustentabilidade. A parceria entre a BASF e a Copapa reforça que é possível beneficiar a sociedade E o meio ambiente com produtos de qualidade E com alta tecnologia empregada, assegurando a rentabilidade dos negócios E a economia circular. BASF sempre preocupada com o desenvolvimento sustentável E conservação de recursos naturais.
As propriedades do ecovio® projetadas para que os produtos, em seu ciclo final, sofram degradação de forma natural em sistemas de compostagem que não prejudiquem o meio ambiente e a parceria entre a BASF e a Copapa para desenvolvimento de embalagens biodegradável para o papel higiênico, se aplicam em alguns Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das Nações Unidas). Entre eles:
ODS 3: Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), ressalta que mais de 3 bilhões de pessoas dependem da biodiversidade marinha para sua subsistência. No entanto, a estimativa é de que, até 2050, a quantidade de lixo plástico nos oceanos seja maior do que de peixes. Por isso, o desenvolvimento de um material biodegradável ajuda a evitar que o descarte incorreto do plástico prejudique a natureza.
ODS 8: Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) aponta que os catadores de lixo são responsáveis por quase 90% do lixo reciclado no Brasil. Contudo, muitos deles não são registrados e não possuem renda fixa. Por intermédio da iniciativa do papel totalmente sustentável, foi garantido treinamento, renda e cestas básicas aos profissionais residentes de Santo Antônio de Pádua.
ODS 12: Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis
O processo de biodegradação do ecovio® é realizada por intermédio de microrganismos (bactérias e fundos) que consomem o carbono do bioplástico como fonte de energia. Com isso, o produto final da biodegradação é CO2, água e biomassa que podem ajudar na melhoria da qualidade do solo (aumento da biota).
ODS 13: Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos
Estudos apontam que o plástico comum libera gases de efeito estufa no meio ambiente à medida que se decompõem e isso pode contribuir para o aquecimento global. No entanto, o plástico produzido de fonte renovável não contribui para o acréscimo de gás carbônico na atmosfera e, assim, beneficiam a natureza.
ODS 14: Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável
De acordo com a ONU, a quantidade de lixo depositada nos oceanos é o equivalente à um caminhão de coleta de lixo sendo despejado no mar. Cerca de 90% do lixo flutuante nos mares é composto por plástico. Entretanto, o plástico biodegradável pode ajudar a mitigar esses efeitos pelo fato de ser um produto compostável quando direcionado corretamente a usinas de compostagem.