A força do camarão equatoriano
A força do camarão equatoriano
O setor de aquicultura equatoriano tem experimentado um crescimento constante ao longo dos anos, consolidando sua posição como o maior produtor e exportador de camarão do mundo. Essa conquista foi possível graças aos esforços conjuntos de produtores nacionais e técnicos profissionais, que contribuíram significativamente por meio de pesquisas científicas e, às vezes, por processos de prova e erro. Esses esforços permitiram a otimização de vários aspectos, desde a melhoria dos sistemas de produção até os avanços na genética do camarão, que hoje é mais resistente a doenças e tem uma taxa de crescimento maior. Além disso, a incorporação de multinacionais especializadas em nutrição animal fortaleceu o setor ao melhorar a qualidade do alimento balanceado, aumentando ainda mais a competitividade do setor.
O camarão, um dos frutos do mar mais populares do mundo, é uma excelente fonte de nutrientes. É rico em vitaminas B, essenciais para o metabolismo; vitamina D, que fortalece ossos, dentes e músculos; e vitamina E, que tem propriedades neuroprotetoras. Também contém ômega-3, que contribui para a prevenção de doenças cardiovasculares e pode retardar o crescimento de tumores. Suas proteínas são consideradas completas, ou seja, contêm aminoácidos essenciais para o funcionamento do corpo humano que não são produzidos naturalmente, representando uma ótima fonte para a saúde.
O Equador, localizado na América do Sul, destaca-se como o maior produtor e exportador de camarão do mundo. O setor de camarão equatoriano é atualmente o mais representativo e tem o maior potencial de crescimento no país depois do petróleo. Em 2023, ultrapassou até mesmo as rendas do petróleo. Graças à combinação de tecnologia, alta produtividade e qualidade, o Equador adotou o slogan: “O melhor camarão do mundo é o equatoriano”.
O país tem condições favoráveis para a produção de camarão, como seu clima tropical com altas temperaturas, umidade e boa qualidade da água graças aos extensos manguezais que atuam como filtros naturais. O Equador foi pioneiro nesse setor na década de 1969 e há vários tipos de camarão, incluindo o camarão branco, o camarão tigre, o camarão gigante e o camarão rosa, entre outros. Somente o camarão branco, Penaeus vannamei, é cultivado no Equador.
A reputação do camarão produzido no Equador lhe rendeu reconhecimento em feiras e exposições internacionais, como a Seafood Expo Global/Seafood Processing Global, que é o maior evento comercial de frutos do mar do mundo. Nela, compradores, fornecedores, mídia e outros especialistas do setor de camarão de mais de 160 países se reúnem para conhecer e adquirir novos produtos. O Equador é um dos espaços mais visitados graças à importância e à qualidade de seu produto no mercado mundial.
Políticas públicas de aquicultura
Em dezembro de 2023, o governo do Equador impulsionou o setor de aquicultura mediante a aprovação de três contratos de investimento no valor total de US$ 67,5 milhões. Esses projetos, liderados pelo Comitê Estratégico para a Promoção e Atração de Investimentos (Cepai) e presididos pelo Ministério da Produção, Comércio Exterior, Investimentos e Pesca, foram realizados nas províncias de Guaya, Santa Elena e Tungurahua. Seu objetivo é aumentar a produção de alevinos e estabelecer uma fábrica de embalagens de camarão para exportação, atendendo assim à demanda regional e gerando cerca de 1.665 empregos.
Em abril de 2024, o Equador e os Emirados Árabes Unidos iniciaram negociações para um acordo comercial que abrange o comércio de bens e serviços, investimentos e cooperação econômica. No ano anterior, as principais exportações do Equador para os Emirados Árabes Unidos foram ouro (76,2%), bananas (13,9%), camarão (6,6%) e flores naturais (1,9%).
Desde abril de 2020, o Equador conta com a Lei Orgânica para o Desenvolvimento da Aquicultura e da Pesca.
O camarão como uma especialização acadêmica
No Equador, o treinamento em Engenharia de Aquicultura é oferecido por quatro universidades: a Escola Politécnica do Litoral (ESPOL), a Universidade Técnica Estadual de Quevedo, a Universidade Técnica de Manabí e a Universidade Técnica de Machala.
Na ESPOL, o curso de Engenharia de Aquicultura está alinhado com a missão da instituição de promover o ensino superior em ciência e pesquisa sobre os recursos naturais da região costeira, incluindo o mar territorial.
O curso tem como objetivo formar profissionais qualificados para o desenvolvimento sustentável da aquicultura, abrangendo áreas como produção aquícola (organismos aquáticos, fertilização, alimentação e nutrição, genética, sistemas de cultivo, uso de recursos, tecnologias, biologia reprodutiva, produção de sementes e incubação), saúde de organismos aquáticos (manejo sanitário e doenças), aquicultura sustentável (economia, investimento, aspectos ambientais, colheita, processamento, comercialização, legislação, política, planejamento, pesquisa e aspectos socioculturais) e engenharia de aquicultura (instalações e equipamentos).
Os planos de estudos das universidades de Quevedo e Manabí estão passando por mudanças e melhorias curriculares.
Compromisso do setor privado e de organizações não governamentais
Já se passaram seis anos desde que um grupo de produtores visionários do Equador se uniu para estabelecer a Sustainable Shrimp Partnership (SSP) - uma ação que deu início a uma nova era para o setor de aquicultura. Desde então, ela tem impulsionado incansavelmente o setor de camarão em direção à responsabilidade social e ambiental. Essa iniciativa impulsionou avanços significativos no setor de camarões do Equador.
Destaca-se a criação de protocolos de produção rigorosos com o apoio do Conselho Consultivo da SSP, composto por WWF, IDH, ASC e ICONTEC. Pioneira em rastreabilidade, a SSP implementou a tecnologia blockchain por meio da IBM Food Trust, permitindo que os consumidores rastreassem a origem do produto por meio de códigos QR, combatendo assim a fraude alimentar. Com o apoio do WWF, a SSP preparou 22 fazendas para a Certificação ASC, elevando o desempenho ambiental e social de pequenos e médios produtores.
Em julho de 2022, organizou o primeiro “Seminário de Camarão e visita de campo” com compradores internacionais dos EUA e Canadá. Este ano, foi realizada a segunda “Cúpula do Camarão”, que reuniu os fornecedores de frutos do mar mais importantes do mundo para conhecer as melhores práticas, o compromisso e a inovação do setor de camarão equatoriano.
Além disso, a Sustainable Shrimp Partnership e a Câmara Nacional de Aquicultura (CNA) lançaram um programa conjunto para promover o gerenciamento sustentável em toda a cadeia de produção, desde os laboratórios de produção de larvas de camarão até os viveiros de camarão, a criação de camarão, a colheita e a embalagem, com o objetivo de melhorar as práticas de aquicultura. As organizações identificaram a necessidade de diretrizes de sustentabilidade em toda a cadeia e, por isso, foram realizadas palestras, uma das quais foi conduzida pela BASF para destacar a importância do uso de sulfitos de qualidade para a preservação correta da melanose no camarão durante a despesca, garantindo os melhores padrões de qualidade para o mercado.
O programa de aprimoramento se concentra na implementação de boas práticas de produção em toda a sua cadeia. Apresentado na AQUAEXPO Guayaquil 2024, uma das mais importantes feiras de camarão do mundo, realizada de 23 a 25 de outubro de 2024, o programa esclarece as medidas para fortalecer a sustentabilidade na larvicultura e como participar dessa iniciativa.
Onde a BASF entra nessa cadeia?
Conseguir a preservação correta do camarão é um dos principais desafios para os exportadores de camarão devido à sua delicadeza. Um erro no tratamento desses alimentos perecíveis pode levar ao descarte de carregamentos inteiros do produto, causando perdas econômicas significativas não apenas para o setor, mas também para o país. Há evidências de que o consumo de frutos do mar estragados podem causar infecções gastrointestinais, envenenamento e até mesmo a transmissão de cólera. Para evitar isso, é preciso garantir a preservação ideal desde o momento da colheita, evitando a decomposição ou a presença de melanose.
“O objetivo é evitar a melanose, que é um processo enzimático de polifenol oxidase que, em combinação com o oxigênio atmosférico, desenvolve um escurecimento parcial de certas partes do camarão. O aparecimento dessa coloração ocorre algumas horas após a captura, começando na cabeça e estendendo-se gradualmente em direção à cauda e
ramificando-se até as extremidades do crustáceo”, explica María Isabel Álvarez, Gerente Geral da BASF Ecuatoriana, que foi Consultora de Vendas de Produtos Químicos Industriais da BASF.
Uma solução desenvolvida pela BASF para o Equador...
Para combater esse problema, a BASF oferece aos criadores de camarão o Metabissulfito de Sódio, uma solução projetada e produzida especificamente para o mercado equatoriano, que atua como agente de preservação e antioxidante, ou seja, evita a melanose, ou o escurecimento do camarão, após a colheita. A preservação de alimentos geralmente envolve a prevenção do crescimento de bactérias, fungos (como leveduras) ou qualquer outro micro-organismo.
Para evitar essa consequência indesejável, a preservação ideal deve ser garantida desde o momento da pesca, evitando a decomposição ou a presença de melanose. Com o uso desse produto, a reação da enzima polifenol oxidase com o oxigênio é impedida, interrompendo assim o processo de melanose. O metabissulfito de sódio é um pó fino e cristalino que se tornou uma excelente solução graças à sua ação antioxidante que neutraliza esse processo.
Entendendo a importância desse mercado, a BASF criou um processo totalmente seguro, de alta qualidade e livre de qualquer contaminação. Para isso, mantém três fábricas próprias para a produção de soda, matéria prima para a fabricação do metabissulfito de sódio. Além disso, é o único produtor de sulfito que possui uma planta de produção completamente fechada, totalmente tecnológica e isolada do contato humano no processo, com o único objetivo de evitar qualquer tipo de contaminação no produto, atingindo os mais altos padrões de qualidade e segurança.
... que funciona e tem apoio
Estudos independentes realizados pelo Aquaculture Business Research Centre, ligado à Kasetsart University, em Bangkok, na Tailândia, mostraram um melhor desempenho da solução da BASF em comparação com outros produtos do mercado. Além disso, ela impede a formação de colônias de microrganismos devido ao seu efeito antimicrobiano, o que prolonga a vida útil do camarão. Isso resulta em um manuseio mais seguro, melhores padrões de saúde e segurança e menor corrosividade.
Quando se trata de alimentação, não é apenas o sabor que deve ser considerado: a qualidade, a higiene, os altos padrões de segurança e pureza também são de importância crucial. Os aditivos alimentares da BASF são rigorosamente controlados e testados durante todo o processo de produção.
Com excelência em qualidade de alimentos, a BASF é a única produtora mundial de Metabissulfito de Sódio com certificação BRC7, um dos mais altos padrões globais na indústria alimentícia. Outros certificados incluem GMP (Boas Práticas de Fabricação) e HACCP (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), bem como os certificados HALAL e KOSHER. A empresa tem mais de 125 anos de experiência dedicada à produção.
Os números falam por si só e atestam a importância do camarão para o país.
Os produtores equatorianos de camarão encerraram 2023 com satisfação, pois foram o primeiro país a produzir cerca de 1,2 milhão de toneladas métricas de camarão, tornando-se o maior produtor mundial desse fruto do mar. Dessas exportações, a maior parte foi para a China (56%), Europa (19%), Estados Unidos (16%) e outros países (9%). Tudo isso representou mais de 7,2 bilhões de dólares para a balança comercial nacional, um valor nunca alcançado na história do Equador por nenhum outro produto além do
petróleo. Esse valor, comparado a 2020, representou um crescimento de 70% em volume e 100% em moeda estrangeira.
Para se ter uma ideia, de janeiro a setembro de 2024, as exportações de camarão representaram US$ 5.191 milhões no país. Os dados são do Banco Central do Equador. Na vanguarda desse setor, o Equador conta com a tecnologia blockchain desde 2020 para garantir a rastreabilidade total de sua produção. É o primeiro país do mundo a incorporar esse tipo de monitoramento por meio da leitura do código QR que acompanha cada embalagem. Qualquer pessoa no mundo poderá saber quem, como e onde foi cultivado o camarão que vá consumir.
Conheça toda a família
A BASF, como empresa líder no setor de produtos químicos e aditivos, também oferece soluções que apoiam o setor de aquicultura em diferentes necessidades, como na área de nutrição animal com enzimas para melhorar a digestibilidade do alimento balanceado, bem como vitaminas de alta qualidade com baixo CFP, como, por exemplo:
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Nitrato de sódio: oxidante e fertilizante com nitrogênio não amoniacal, para uso em biorremediação e floração de fitoplâncton (diatomáceas).
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Vitamina A: alta estabilidade e homogeneidade, excelente fluidez e resistência à formação de grumos. Com PCF 20% melhor do que a média do mercado global
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Vitamina B2: produzida por fermentação, com excelente fluidez na mistura.
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Vitamina B5: grânulos não pulverulentos. Excelente solubilidade, alta pureza e estabilidade.
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Vitamina E: boa estabilidade, qualidade consistente, desempenho confiável, seguro para manuseio. Com PCF 20% melhor do que a média do mercado global.
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Lucantin® Pink: pigmento carotenóide de alta biodisponibilidade, excelente estabilidade durante o armazenamento e balanceamento da produção.
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Trilon® M: agente quelante biodegradável e favorável ao ecossistema.
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Trilon® B: agente quelante para metais pesados.
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Natuphos E: máxima economia de fósforo, melhora a absorção de nutrientes pelo camarão.
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Natuphos ® T: reduz a viscosidade da digestão. Apoia a fermentação eficaz no intestino. Melhora o fator de conversão alimentar.
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Palatal ®: para fabricar ou equipar telhados, corrimãos e pisos anticorrosivos para fazendas de camarão.